quarta-feira, 1 de julho de 2020

Quem participa de governo genocida, é genocida


Qualquer genocida que se proponha a participar de um governo genocida deverá ser considerado como tal, um genocida. Ele pode ser um plagiador genocida, um engomadinho genocida, um diplomata genocida, um militar genocida, um liberal genocida (supostos liberais são defendidos pela grande imprensa, pois lá estão para atender o mercado e implodir direitos de trabalhadores), um doutor genocida, um pós-doutor genocida, um menino genocida de Chicago, uma missionária genocida, um verborrágico genocida, um advogado genocida. Com seus séquitos de apoiadores genocidas: imprensa genocida, blogueiros genocidas, mentirosos genocidas, procuradores genocidas.

Qualquer coisa que, distraidamente, a gente pense que tenha ares remotamente republicanos, mas apoie as aberrações comandadas por Jair Bolsonaro, deverá ser considerada instrumento do genocídio, aríete do fascismo.
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A habilidade para mentir, a formação universitária ou o óculos de tartaruga deste ou daquele ministro deverão ser considerados detalhes em relação ao essencial: o fato de que esses senhores e senhoras promovem uma matança.

Uma matança real e uma administração farsesca, porque eleita com base em notícias falsas e com promessas (de combate à corrupção, por exemplo, ou novidade-na-política) que não resistem à análise da mais embaçada das últimas lupas.

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A maior beleza do governo terá sido Augusto, o Cão, aquele que foi sem nunca ter sido. As fotos de Sebastião Salgado na Funai estão sendo leiloadas e o deboche (com ele as implosões éticas e estéticas) foi instituído como marca. Como condição.

Não é apenas que o ministro tal tenha copiado e colado trechos inteiros, como se fosse apenas ele o mau caráter. Toda a lógica é de copiar e colar, ou talvez o contrário, copiar e descolar, copiar e destruir, copiar e implodir.

Copiar códigos de destruição, parâmetros de violência institucional, pactos mafiosos (e fascistas e genocidas), regras plenamente compreendidas por aqueles que não estão lá para construir um país, mas para massacrar.

Nesse contexto, soa curioso defendermos este ou aquele genocida por características (de cor, gênero ou o que seja) que absolutamente não fazem parte dos motivos que o líder dos genocidas tenha tido para escolher seus infames.

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Eles e elas estão lá por serem intrinsecamente infames e psicopatas e debochados e desprovidos de nossos códigos supostamente bem comportados, supostamente ciosos e defensores das Grandes Lutas Contemporâneas, e eu digo supostamente porque, de tão bem comportados, até linguisticamente bem comportados (quanto pudor para usar a palavra genocídio, não é mesmo), em determinado momento esse bom comportamento dá a volta inteira na teia do deboche e a gente se vê subitamente capturada, fazendo raciocínios e desenvolvendo teorias que beneficiam apenas os fascistas e só fariam sentido se não estivéssemos a assistir a um genocídio descarado, enquanto os assassinos destroem e gargalham.

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