terça-feira, 22 de setembro de 2020

Bozonazi fez um discurso mentiroso e pusilânime na ONU

 

Claudio Guedes

Banal & Mentiroso

Bolsonaro fez um discurso mentiroso e pusilânime na ONU. Apelando ao patriotismo - que é sempre, como a história não cansa de nos ensinar, o último recurso de políticos canalhas - disse que o país é injustiçado e seu governo perseguido.

Misturando algumas verdades com mentiras, um recurso primário usado por ignorantes, Bolsonaro tentou atribuir a caboclos e ribeirinhos os incêndios que devastam a Amazônia, quando todos bem informados sabem que são provocados por fazendeiros, grileiros e empresas interessadas na exploração da floresta. E todos, no país e no exterior que estudam a questão da floresta tropical, sabem que Ricardo Salles, o anti-ministro do Meio Ambiente, com apoio explícito do presidente, afrouxou e desmontou as estruturas governamentais de fiscalização dos crimes ambientais. São ambos, Salles e Bolsonaro, aliados dos devastadores do meio-ambiente. No discurso, não faltou o elogio despropositado ao presidente americano Donald Trump, afinal vassalo sabe o seu lugar. 

Bolsonaro fez um discurso semelhante aos que têm feito nas suas visitas aos quartéis no país. Só que ele falou à ONU, espaço de pessoas preparadas, diplomatas experimentados e especialistas renomados. Mentiu sobre a ação do seu governo no combate à COVID19 e mentiu sobre a Venezuela na questão do derrame de óleo na costa brasileira. Algo inaceitável numa tribuna da importância da ONU. 

Quem o presidente brasileiro acha que engana? 

Mais uma intervenção desastrosa que amplia o desgaste do país no exterior, que é visto pela comunidade internacional com desconfiança e como uma nação subalterna não apenas aos interesses dos EUA, mas também ao interesse pessoal do presidente cada vez mais contestado no seu próprio país, Donald Trump. 

Bolsonaro, mais uma vez, mostrou-se ao mundo como é: banal e vergonhoso.

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