O @nytimes publicou hoje uma matéria sobre como o YouTube fomenta a extrema direita no Brasil sugerindo constantemente vídeos de extrema direita. No @TheInterceptBR, @yaso escreveu sobre como isso funciona na prática:
Em um experimento, @yaso abriu um vídeo sobre martelos e deixou a reprodução automática ligada para ver quais vídeos seriam sugeridos. As indicações chegaram em como fazer uma munição para uma arma semi-automática.
Tudo o que um usuário faz no youtube influência as indicações. E essas sugestões têm um único objetivo: fazer com que as pessoas passem mais tempo na plataforma. Os vídeos de extrema direita, mais provocativos e cheios de teorias da conspiração, alcançam esse objetivo.
Em outro texto, Marcelo Thompson mostrou como o Marco Civil da Internet, para impedir a censura, deixou as plataformas de internet isentas da responsabilidade sobre o conteúdo postado em seus meios. Mas qual é o custo dessa liberdade?
Sem o incentivo a práticas responsáveis de moderação de conteúdo, vídeos conspiracionistas recheados de fake news se espalham facilmente. E os vídeos se alimentam de algo viral: o ódio. Simbolicamente, diz Thompson, o marco elegeu @jairbolsonaro:
A reportagem do @nytimes trouxe ainda dois exemplos de canais de extrema direita sugeridos no Brasil: @moura_101, descrito como “o guitarrista que virou conspirador”, e o do bernardopkuster. Os dois canais já foram recomendados por @jairbolsonaro como “fonte de informação no YouTube”. O presidente já conheceu pessoalmente Nando Moura, e foi entrevistado por ele em mais de uma oportunidade.
@jornalismowando escreveu para @TheInterceptBR sobre esses blogueiros, que são apoiados publicamente por @jairbolsonaro:
Os conspiracionistas do YouTube incentivam o ódio e linchamentos com raízes no submundo da internet, criando um ecossistema do ódio, como diz @Debora_D_Diniz. A @lolaescreva também foi vítima disso e contou sua história:
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