Só uma besta fica falando de AI-5
no século 21. A ditadura militar só conseguiu sobreviver alguns anos a mais
porque era um Estado nacional-desenvolvimentista e a parir de 1968 o PIB
momentaneamente cresceu a cerca de 10% ao ano, mas em um cenário de concentração
de renda, pobreza, fome, tortura e autoritarismo. Todos os generais e coronéis
comandantes de 1964 já faleceram, os mesmos que souberam organizar o que em
linguagem militar se denomina de retirada estratégica, uma retirada defensiva,
desesperada, mas organizada porque a partir da surra eleitoral de 1974 da
ARENA, derrotados mesmo no voto censurado e cassado da oposição, o fim da
ditadura militar era inevitável.
Muitos analistas afirmam que o poder legislativo só não foi completamente fechado entre 1964-1982, como na ditadura anterior de 1937-1945, por causa da resistência de grupos de esquerda, em todo caso, a profunda crise social e econômica causou o fim ditadura. O período de Geisel e de Figueiredo enterrara o AI-5 e a ditadura, juntos com a hiperinflação, a dívida externa e a corrupção da época.
Muitos analistas afirmam que o poder legislativo só não foi completamente fechado entre 1964-1982, como na ditadura anterior de 1937-1945, por causa da resistência de grupos de esquerda, em todo caso, a profunda crise social e econômica causou o fim ditadura. O período de Geisel e de Figueiredo enterrara o AI-5 e a ditadura, juntos com a hiperinflação, a dívida externa e a corrupção da época.
Agora vem estafetas e taifeiros da
direita militar, gente que não era nada em 1964 e nem em 1974, querer falar da
ditadura e do AI-5. Esta nova direita, uma nova geração de extremistas, vai
querer levar e associar grupos militares e toda direita a uma derrota política
fragorosa e que foi evitada entre 1974 e 1985? Esta nova direita militar, que
não viveu e nem participou no comando de 1964, pode levar a uma derrota
política total, um cerco e um naufrágio, um desastre que a geração anterior de
Golberis e antigos Castelistas conseguiram escapar, ao recuarem na lenta e
gradual abertura, conseguindo evitar em sua retirada estratégica, organizada e
política na redemocratização e na anistia deles, o que a nova linha dura de
extrema-direita promete fazer e perder com o atual neoliberalismo entreguista,
selvagem e com a burrice que os caracteriza no atual desgoverno já em crise.
Nenhum comentário:
Postar um comentário