quinta-feira, 21 de novembro de 2019

O império do caos

Elias Machado


A lógica por detrás destes levantes, como na chamada primavera árabe, na maioria das vezes, está diretamente relacionada com os interesses estratégicos de Washington. Que tem atuado diretamente no sentido de desestabilizar países, dentro da estratégica de dividir para melhor dominar e como aconteceu recentemente na Bolívia. O que parece cada vez mais evidente é que Pequim não terá vida fácil porque, como aconteceu como a Rússia na Chechênia ou como aconteceu nas manifestações de 2013 no Brasil, revoltas legítimas são canalizadas para desestabilização de governos pela criação do caos. E, naturalmente, sem o menor interesse em criar alternativas mais democráticas aos governos existentes e externas à lógica do imperialismo de turno. Muito pelo contrário, em geral o que se instala como alternativa de poder é a volta pura e simples das oligarquias, a vassalagem completa a serviço de Washington ou o caos completo nos casos da Síria tomada pelo Estado Islâmico e a guerra fratricida na Somália, no Sudão ou na Líbia.

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