Bolsonaro quer cruzar o Rubicão, quer dar um golpe, porém tem medo, fica ciscando e dando voltas antes de tentar atravessar. Não sabe se reunirá forças sociais e políticas suficientes para a empreitada.
Quantos generais e militares o seguirão, no forte apache ou fora? Quantos deputados e quantos senadores? Quantos governadores ? Quantos empresários? Quantos quadros intelectuais, culturais e jornalistas o apoiariam? Só com os de sua seita lunática mais próxima, seus empresários e o resto do lumpesinato mental que o acompanha - Sabe que não conseguirá.
Se tentar o golpe antes da hora pode acontecer como o Jânio Quadros e a coisa toda fracassar.
Quem no establishment está disposto a converter Bolsonaro no supremo ditador, entregar todos poderes à sua vontade delirante, com seus filhos zero-alguma-coisa formando o alto-conselho da tirania sonhada por eles?
De outro lado as instituições, ágeis e objetivas no golpe contra Dilma, continuam completamente acovardadas e omissas, por mais que sejam espinafradas diariamente.
O presidente da Câmara, Rodriguinho Maia (conservador e filho de exilado da última ditadura), não se mexe. Os governadores em oposição (Doria, conservador e filho de exilado da última ditadura), quase todos, não reagem de maneira vigorosa. O STF sumiu de vez na sua mediocridade e chicanas jurídicas.
Os militares são alguns dos mais assustados e em pânico porque sabem o que pode vir com o exército de Brancaleone dos bolsonaristas, a dissolução do exército como instituição devido ao contágio com o vírus bolsonaro-ex17, aliado do covid-19.
Por hora a solução do sistema político é fingir que não acontece nada e não fazer nada, cabeça de avestruz enterrada no chão. Até quando é a grande pergunta.
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