quarta-feira, 15 de abril de 2020

O bolsonarista radical tem merda e vômito na cabeça


Vinícius Carvalho

DISTANCIAMENTO SANITÁRIO
O material humano que você possui determina a qualidade da sua política. Você não tem como fazer um bolo de casamento trocando farinha e ovo por merda e vômito.
Desde a última semana eu ando observando mais e falando menos sobre o coronavírus. Até falei muito já, nas semanas anteriores, mas mais no sentido de denunciar o governo e os pandeminions.

Da doença em si e as interpretações acerca do péssimo comportamento do povo brasileiro frente ao caso, eu me aquietei. Porque por mais que a gente estude, a gente não dá conta de abranger todos os leques de conhecimento e, muitas vezes, a explicação é bem mais simples do que se pensa.

Desde ontem, pelo menos, tal qual junho de 2013, parece que setores da esquerda começaram a se esforçar PARA VIRALIZAR uma narrativa pró-Bolsonaro comparando a rebelião contra a quarentena atual com a Revolta da Vacina. Anacronismo e escorregar na casca de banana. Gente boa, gente boa mesmo, que de cada 100 análises acertam 99,9, caíram nessa.

Mas você não tem como dialogar com que não compreende os limites entre a vida e a religião, ou que estão profundamente fanatizados pelo fascismo, me desculpem. Alguns exemplos:

- Aquele velho de Campo Grande, que disse que não está nem aí para a pandemia porque Deus o protege.

- A família do Pará que tentou espancar um médico e retirou a sua máscara quando ele disse que o óbito do parente deles foi por covid-19. A família não queria prejudicar o "mito"

- Um homem de Belo Horizonte que perdeu o seu filho por covid-19 mas, igual a família do Pará, agrediu o médico quando ele colocou no atestado de óbito que foi por covid-19. Ele, diante do cadáver do filho, estava revoltado não pela morte, mas dizendo que o médico era um "comunista que estava prejudicando o presidente".

- A imbecil de Araraquara que, aos berros de PETISTAS E COMUNISTAS, atacou os Guardas Municipais os mordendo inclusive, quando estes a mandaram sair da praça.

- Na manifestação dos patetas de verde e amarelo em SP, no domingo. Jovens pró-Bolsonaro, fizeram a "dança do caixão" em deboche as vítimas de coronavirus.

- Aqui no meu bairro, dois "cidadãos de bem", que doam cestas básicas e etc, conversando na praia que "essa quarentena é coisa de petista, tem que mapear a casa de cada petista do bairro e espancar".

Essa gente não esta preocupada com direito de ir e vir, com desemprego, com narrativa e etc. Essa gente defendeu quando o Bolsonaro queria pagar apenas 200 reais de benefício emergencial, e depois que ampliaram para 600, contra a vontade do governo, eles SABENDO DISSO estão falando que o projeto é do governo.

É sério que vocês vão gastar o conhecimento de vocês para humanizar essa gente? Essa subgente. Esses animais. Essas bestaferas? É sério que vocês acham que eles tem como serem tratados como humanos racionais?

Até quando vocês vão continuar humanizando e vendo racionalidade na figura do Bolsonaro? Sinceramente, vocês não estão compreendendo o que está acontecendo?

Essa gente SABE que os casos estão subnotificados. E eles estão APROVEITANDO ESSA SITUAÇÃO para defender um ponto de vista assassino e burro.

O pai de um amigo morreu em São Paulo por Covid-19, e médicos pilantras pediram suborno de 3 mil reais para alterar o atestado de óbito. Não tinham mais caixões disponíveis nas funerárias, só "superfaturados". Engarrafamentos de carros funerários em volta de hospitais do RJ. E vocês acreditam mesmo que os bolsominions e os pandeminions acreditam mesmo que só existem 2000 mortos no Brasil e por isso podemos afrouxar o isolamento?

Muitos momentos não necessitam de grandes narrativas, réguas teóricas e compreensões. Assim como, não existe nenhuma coordenação, estratégia ou grande conspiração em cima do caos que é o governo Bolsonaro e sua cabeça doentia.

Não existe um jogo coordenado entre Bolsonaro, Mandetta e Militares x Dória, Witzel e Governadores do Nordeste, para que, no final, o Bolsonaro seja o "grande vencedor" dessa crise.

Bolsonaro é um tiozão burro sem educação formal e sem nenhuma sofisticação cultural. É, tal qual centenas de tiozões que eu conheci, que passavam o dia jogando caça níquel e mexendo com "novinhas" na rua. E a presidência caiu no colo deste tiozão, burro, estúpido, vagabundo, que mamou nas tetas do governo durante mais de 30 anos, se aposentou na marra por ser demente e com aspirações terroristas, sendo que como capitão já era, em si - num país sem cultura de guerra, como o Brasil - um "trabalhador" ocioso.

Bolsonaro era inútil como militar e foi inútil como parlamentar.

Só que a presidência caiu no colo dele por conta de uma onda cultural. Bolsonaro não é um fenômeno político, Bolsonaro é um fenômeno cultural.

Sem compreender isso, me perdoem, mas todas as toneladas de papéis gastos para analisar o "sucesso" narrativo do governo Bolsonaro podem ser em vão.

Esse fenômeno cultural, é o que faz um cantor de merda como Gustavo Limma aparecer dando tiro e falando que tem que matar vagabundo, um tal de Alba Expider do Pânico dar tiro pro alto ameaçando vizinhos que estão fazendo panelaço, e sejam tirados para "pessoas centradas".

E um político de esquerda que defende o combate a fome, seja considerado um radical estúpido, um comunista insuportável.

Você tem que compreender o tipo de povo que você está lidando. O material humano que você possui determina a qualidade da sua política. Você não tem como fazer um bolo de casamento trocando farinha e ovo por merda e vômito.

E o bolsonarismo radical é um fenômeno cultural de gente que tem merda e vômito na cabeça. E com essa gente não tem como fazer análise técnica.

O Bolsonaro pode chegar no meio da Avenida Paulista e dar um tiro na cabeça de uma criança.

ESSA
GENTE
VAI
CONTIINUAR
DEFENDENDO
O
MITO
E
CULPANDO
O
PT

Portanto, o comportamento do bolsonarismo, irresponsável, enfiando toda a população no grupo de risco não é passível de análise sofisticada, é passível de agressão física, de humilhação pública, de cuspida na cara, de, enfim, serem mesmo retirados de circulação.

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