Eric Li, da Universidade Fudan, de Xangai, ouvido na primeira reportagem de uma série do Financial Times sobre a eventual nova Guerra Fria, compara os Estados Unidos, não a China, com a União Soviética.
“Lembra Brezhnev, Andropov e Chernenko?”, ironiza ele, apontando os EUA numa “briga existencial entre dois octogenários”, Donald Trump, na verdade com 74 anos, e Joe Biden, 78 em novembro.
O acadêmico ecoa a mídia americana. Do comediante Chris Rock, no SNL, da NBC: “Biden devia ser o último [nome a se considerar]. Será que os democratas querem ganhar? Ficam colocando gente de 75 anos para concorrer com Trump”. Questionou que os EUA rejeitaram rei, “mas têm duques e duquesas dirigindo o Senado e a Câmara”.
No New York Times, na coluna “Como cobrir um velho doente”, Ben Smith listou que, na linha de sucessão de Trump, estão “Nancy Pelosi, que tem 80, e o presidente pro tempore do Senado, Charles Grassley, 87”. Os vices de Pelosi “têm ambos 80 ou mais”. E Mitch McConnell, o líder da maioria no Senado, 77.
A preocupação não é nova. “Por que pessoas tão idosas comandam a América?”, perguntou a Atlantic em março. Remetia para reportagem de capa do Politico que lançou o assunto, com o enunciado “Nossos líderes, nosso eleitorado e o nosso próprio sistema sagrado de governo estão envelhecendo. E isso está aparecendo”.
Na manchete, “América, a gerontocracia”.
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