Elio Gaspari acordou?
[Antes tarde do que nunca]
"Nas próximas semanas, o ministro Gilmar Mendes levará para a mesa da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro no processo da Lava Jato. São pedras cantadas a exposição da parcialidade do doutor e a promiscuidade de suas relações com o Ministério Público. O ministro deu uma pista do que vem por aí ao lembrar que irá além do que chama de “questão Lula”: será algo “muito maior”.
Põe maior nisso. Gilmar tem assessores passando o pente-fino nas mensagens trocadas em Curitiba. Desde junho de 2019, quando o site Intercept Brasil levou ao ar os primeiros grampos dos 7 terabytes capturados, eles têm aparecido de forma explosiva, porém desordenada. Colocados em ordem cronológica e contextualizados, revelam a extensão das malfeitorias blindadas pela mística da Operação Lava Jato."
(Elio Gaspari, na Folha 28/02)
Elio, bom jornalista e autor de uma obra formidável sobre a ditadura militar que maltratou o país (1964/1985), foi um dos jornalistas deslumbrados pelo juiz Sérgio Moro e pela Operação Lava Jato.
Só levantou a voz, timidamente, quando o juiz de Curitiba produziu a infâmia da divulgação da delação forjada do corrupto ex-ministro petista Antonio Palocci às vésperas do pleito de 2018 para alavancar a candidatura Bolsonaro. De resto era uma louvação só à turma de Curitiba.
Hoje fala em "extensão das malfeitorias blindadas pela mística da Operação Lava Jato".
Tudo bem, Elio. Mas não é um detalhe que você foi um dos que ajudou a construir a mística da Lava Jato e a blindá-la.
Mudou? Muito bom. Mas eu, um simples físico da província, com muito menos informação do que você, tive certeza, desde a absurda condução coercitiva de Lula, que a turma de Lava Jato era formada por manipuladores e justiceiros vulgares.
Por que lhe enganaram por tanto tempo?
Por quê?
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