quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

General precisa receber o que lhe é devido



"Se houver demanda e preço vamos comprar", disse Pazuzu em dezembro, no que talvez seja a frase mais exemplar do tamanho da tragédia que vivemos, um ministro da Saúde que acha que vacina é questão de demanda, um gosto exótico de parte da população, tipo sorvete de pistache ou pão sem glúten. A frase mais exemplar dessa estranha simbiose entre genocídio milimetricamente planejado e trapalhada negacionista em que os golpistas nos enfiaram.

Ontem, Pazuzu apresentou um cronograma até animador de vacinação, posto que pressionado pela opinião pública, pelos donos do dinheiro e pelos governadores e prefeitos. Mas não tardou a aparecerem sinais de que a fonte do cronograma eram vozes daquela bolota que Pazuzu tem sobre os ombros sem separação por pescoço (uma dentre várias coisas que seres humanos normais têm acima do tórax, mas ele não). 

Ele conta com vacinas que ainda não foram contratadas e/ou aprovadas, numa clara demonstração de que meteu os pés pelas mãos quando, ainda em dezembro, se espantava com a pressão: "pra que essa ansiedade?".

Isso dói. Dói mais ainda por sabermos que no país do SUS poderíamos estar vacinando 60 milhões de pessoas por mês. Dói mais ainda quando pensamos que, tivéssemos elegido o Haddad, era nesse Brasil em que estaríamos vivendo. 

Mas estão morando neste, onde morrem mais de mil brasileiros por dia, todo santo dia.

Haia no cu de Pazuzu e do inominável é o mínimo. Até lá, cusparada na cara de quem votou nulo tá valendo. Quem votou no genocida nem cuspe merece.

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