Escrevi isso em janeiro de 2014.
Pena que estava certo.
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É evidente que se prepara no Brasil um ciclo de agitação igual a esses que no momento desestabilizam os governos da Venezuela, da Tailândia ou da Ucrânia - desdobramentos da "primavera árabe" com a mesma composição eclética e imprecisão de objetivos.
O que há de comum, independente dos governos contestados e da política que praticam, é que as agitações, onde quer que ocorram, convergem com os interesse dos Estados Unidos e correspondem à inviabilidade de obter apoio suficiente para vitórias eleitorais.
As Organizações Globo expressam e sempre expressaram os interesses dos Estados Unidos: essa é a origem historicamente comprovada de sua força política e o suporte de sua grandeza econômica. A oposição no Brasil, apoiada por banqueiros e corporações profissionais da elite, caminha frágil para as eleições.
Nesse contexto é que devem ser vistos os conflitos internos e externos que envolvem o jornalismo da Globo - e, com menor relevância, da mídia em geral..
Do ponto de vista dos interesses que se articulam para devolver ao Brasil um governo mais alinhado com a política imperial norte-americana, a unidade estratégica dos contrários - à direita e à esquerda - é importante nesse momento. Ela poderá impedir que o Estado democrático brasileiro tenha recursos necessários para defender-se da baderna ou obrigá-lo a exagerá-los a ponto de permitir o retrocesso institucional.
Está aí o exemplo do Egito, para não dizerem que exagero.
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