E continua a lenga-lenga, o chororô e o mimimi ridículos de quem acha que as escolhas de espaços para Andrade se comunicar não podem ser criticadas. Os argumentos doa ofendidos são muitos (rasos, mas variados) e vou falar sobre eles aqui.
O mais recorrente é o "não é hora disso". Cacete, quando será a hora disso? Perto de uma eleição em que Lula não possa concorrer novamente? A hora de tecer críticas à comunicação do partido é agora, antes de mais um desastre eleitoral.
O argumento mais tosco é "temos de furar a bolha, conquistar novos públicos". Onde? Em programas em que o ódio ao PT é a única forma de fazer política que seus integrantes conhecem? Quem compõe a audiência? De que adianta falar com um público pequeno, elitizado e antipetista?
Outro argumento é o de que "Lula vai a qualquer lugar". Primeiro, não é verdade. Tem priorizado programas ao vivo. Segundo, é Lula. Intimida o entrevistador, isso quando não o convence. Não é o caso de qualquer outra liderança. Lula pode ir ao Reinaldo Azevedo ser pressionado, inquirido e colocado em situações aparentemente difíceis. Ele sai por cima de todas. E mais, ele fala em golpe de 2016, defende Dilma, defende as políticas do PT e jamais faz mea culpa para angariar simpatias. Não precisa disso. Ele fez. Ele é.
Outra: "temos de falar com todos, não só os nossos, eleições se ganham com apoios" etc. Ora, Lula sempre fez isso. Andrade é que saiu com uma chapa quase pura de esquerda Lula atrai apoios de todo o espectro, Andrade não, e nem assim foi falar com Dória, Huck ou Ciro até agora...
Por fim, a pérola. Se Lula não for candidato, temos de prestigiar nosso reserva imediato. Essa argumentação parece financiada. Ou medo de ganhar a eleição. É baixar a cabeça de novo para o golpe. Lula é inocente, é candidato e, se já se investiu em outra opção, sorry periferia.
É preciso dizer que ir ao Manhattan Connection foi um erro inútil. Que participar de um debate sobre "novas lideranças" (Dória, Huck, Ciro, Leite e mais um monte de merdas velhas, mediado por Cantanhede) é ridículo. Não se convence ou conquista eleitores ali.
É preciso denunciar que Frota tem a estética e o conteúdo do golpe, é burro, estuprador, homofóbico e, pior do que tudo isso, hoje é tucano. Que ir a esses programas legitima TODOS seus participantes. Que não há beleza em se bancar o democrata ilustrado em um Estado de exceção.
Por fim, é preciso dizer se um pseudo-candidato está mal assessorado, mal orientado ou mal intencionado. Porque nenhuma outra opção explicaria esse caminho de publicizacão de suas ideias. Que não podem ser suas. Que são do partido e da militância também.
Também é preciso exigir que o candidato do PT tenha o discurso com o viés dos trabalhadores, dos pobres e dos esquecidos deste País. E não tergiverse em relação a isso para agradar uma elite entreguista, racista, egoísta e reacionária. É o mínimo que queremos.
Por fim, nem deveríamos diacutir mais isso. Temos Lula. Mais do que nunca, não há outra opção. Ou Lula ou nada. É melhor que dizer Ou Lula ou o menos ruim neste contexto. Sem Lula, o golpe não tem fim.
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