China responde por mais de metade das exportações de imunizante; Paraguai é pressionado pelos EUA a não ceder
Na manchete do italiano Corriere della Sera e no alto das páginas iniciais do francês Le Monde ao Wall Street Journal, com foto, "Papa, em mensagem de Páscoa, clama por distribuição de vacinas".
Mais especificamente, no New York Times, Francisco "exorta líderes mundiais a garantir acesso". O "líder de 1,3 bilhão de católicos", entre eles Joe Biden, cobrou "internacionalismo das vacinas", a permissão à exportação.
Segundo o agregador de dados Statista, compartilhado pelo economista Marcio Pochman, ex-Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), das 644 milhões de vacinas contra Covid produzidas em março, a China respondeu por 36%, os EUA, por 26%, Índia, 19%, e União Europeia, 17%.
Das exportações, a China respondeu por 52%. Índia, por 26%, e UE, 22%.
DOSES POR IMIGRANTES
Em 28 de março, chegou ao México um "empréstimo" americano de 1,5 milhão de doses da AstraZeneca, noticia a Reuters. Elas foram negociadas junto com a repressão mexicana aos imigrantes centro-americanos que buscam os EUA, publicaram NYT e outros.
VACINA, PROVA DE AMOR
A Bloomberg noticia que, diante dos sinais de que o Paraguai estava para cortar relações com Taiwan para ter acesso às vacinas da China, o secretário de Estado dos EUA ligou para o presidente paraguaio.
"Blinken foi muito firme dizendo a Abdo: Olha, os seus aliados são Taiwan e nós", declarou então o chanceler paraguaio, "com franqueza", à TV de seu país. "Mas nós pedimos a esses aliados estratégicos uma prova de seu amor."
IMUNIZAR O MUNDO
Mais uma vez, no domingo, foi manchete online no NYT que as variantes ameaçam "prolongar" a pandemia nos EUA, "colocam em risco o retorno à vida normal", apesar da vacinação.
Sobretudo a cepa britânica, que em meados de março já respondia por 27% dos novos casos, contra 1% em fevereiro. E agora um susto com a variante brasileira fechou uma estação de esqui.
Do NYT: "A melhor forma de impedir o surgimento de variantes é imunizar a maioria do mundo —não só os EUA— o mais rápido possível. Se partes significativas do mundo permanecerem desprotegidas, o vírus continuará a evoluir".
'CHINA ENVY'
No alto do WSJ, "O que os EUA podem aprender com a paixão da China por infraestrutura", em reportagem que ouve e destaca, de um professor de Cornell, que existe "uma verdadeira inveja da China".
Na ironia do editor do Global Times, ligado ao PC, Hu Xijin, "Estou confuso: a China realmente se tornou modelo para os EUA?".
Nenhum comentário:
Postar um comentário