segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Brasil: Onde a Polícia Usa Máscaras e os Corpos se Empilham Rapidamente


Reportagem de capa do New York Times deste final de semana denuncia que ação da milícias aumentaram sob o governo Bolsonaro. Segundo o jornal os assassinatos são estimulados pelo presidente, que defende que “criminosos devem morrer como baratas”.

“Parte esquadrão da morte, parte crime organizado, suas fileiras estão cheias de policiais de folga e aposentados que matam à vontade, quase sempre com total impunidade”, afirma o jornal. Policiais atuam “como vigilantes mascarados e deixam um rastro de corpos e medo. Como eles próprios admitem, realizam assassinatos extrajudiciais regulamente”.

Segundo o NYT, "a América Latina vive uma crise de homicídios. Ocorrem mais assassinatos nos cinco países mais violentos da região que em todas as zonas de guerra somadas". O jornal afirma também que o derramamento de sangue é promovido pelo excesso de armas na região, geralmente provenientes do próprio Estados Unidos.

"Em 2017, o número oficial de pessoas assassinadas pela polícia brasileira foi de 6.220, com uma média de 17 pessoas por dia", afirma o jornal. Este número, no entanto, não inclui as execuções por parte das milícias, que atuam como máfias extorquindo moradores e comerciantes em troca do combate à violência que muitas vezes eles mesmos patrocinam.

A reportagem conclui destacando o fato de que 75% das pessoas baleadas e assassinadas no Brasil são negras.


 Texto: Televisão do Mundo

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