Roberto Moraes
Quase tudo que está sendo feito pelo desgoverno Bolsonaro, agora o Chile está fazendo ao contrário.
Sim, o Chile que era o referencial para o Paulo Guedes, está agora fazendo o contrário para tentar reduzir as reivindicações populares contra a ideia de governo dos ricos e para os ricos.
Uma reforma tributária está elevando a alíquota de 35% para 40% de quem ganha acima de 15 milhões de pesos chilenos (cerca de R$ 82 mil reais). A criação de uma sobretaxa sobre o patrimônio imobiliário superior a 400 milhões de pesos (cerca de R$ 2,2 milhões de reais). O governo liberal chileno espremido pelas ruas vai também diminuir isenções sobre ganhos de capital e aumentar também o percentual que hoje é de 19% do IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Também estão obrigando as empresas a investir 1% do total de seus investimentos na região onde operam, como forma de criar mais políticas de desenvolvimento social que possam de reduzir desigualdades. Também no Chile, estão agora criando imposto para plataformas digitais para taxar a Netflix, Spotify e outras.
Enquanto isso, por aqui no Brasil, o Bolsonaro e os generais, ameaçam com a força do AI-5, se as reclamações dos brasileiros contra as desigualdades e retirada de seus direitos com o aumento das vantagens aos ricos ecoar nas ruas.
Além disso, a população chilena e seus movimentos sociais estão exigindo uma grande reforma constitucional e política. Ou seja, um Estado que também cuide das pessoas e dos seus problemas e não apenas para viabilizar o enriquecimento de uns poucos, como está promovendo Bolsonaro/Guedes no Brasil.
Evidente que estas contradições não estão sendo discutidas no Brasil e nem interessa.
É um equívoco imaginar que vão controlar nas baionetas as reações quando elas vierem.
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