Difícil arranjar algo para dizer do ano que está terminando.
Como em qualquer ano, todos nós tivemos nossos quinhões pessoais variados de alegrias e de frustrações, de encontros e de perdas. Mas, nas felicidades e nas tristezas, sempre fomos acompanhados por uma sombra chamada Brasil.
Foi um ano - mais um - de destruição acelerada do país. Um ano em que nos tornamos mais brutos, mais atrasados, mais desiguais, mais subalternos. E em que nossa capacidade de resistência se mostrou, de novo, muito aquém do necessário.
É essa a nossa história, afinal. Uma história de vitórias populares, quando as há, tímidas e cheias de ambiguidades. E derrotas maiúsculas, avassaladoras.
O Brasil, em suma, parece que conspira para nos deprimir.
O que posso desejar para 2020 é não sucumbir a esse sentimento. É lembrar de, a cada passo, olhar para os lados e ver esse tantão de gente forte, de gente digna, de gente com o coração do lado certo do peito e a mente afiada, buscando o caminho que nos devolva a esperança.
Obrigado a todas e todos - mesmos aqueles com quem posso ter divergido fortemente em algum ponto do percurso - que mantêm a luta nas trincheiras da democracia.
Que 2020 seja de muita luta. E que nos brinde com algumas vitórias, já que ninguém é de ferro...
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