quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Cantinflas em Davos



Cristóvão Feil

GUEDES E CANTINFLAS

Escutei na íntegra duas intervenções do ministro Guedes em Davos, ambos em entrevista aberta a um público que desconheço a origem e o porte da conta bancária.

Minha impressão:

1) Guedes é um grande mentiroso.

2) A metade do que Guedes falou nestas duas ocasiões é mentira. A outra metade é papo-furado, tagarelice sem pé nem cabeça, na linha da conversa de Cantinflas (aliás, se ele usar um bigodinho, vai ficar igual ao velho ator mexicano Mário Moreno).

3) Definitivamente, essa gente do governo Bolso não é séria. Eles estão aí para desmontar o pouco de civilidade e institucionalidade que o Brasil logrou conquistar desde 1930 até nossos dias.

4) O que dizer de um sujeito como Paulo Guedes, fundador do Banco Pactual, que têm mais de duas dezenas de agências em paraísos fiscais?

5) E o que são os chamados "paraísos fiscais"? Na prática, nestes locais, ocorre a facilidade para aplicação dos capitais que são de origem desconhecida, protegendo a identidade dos proprietários desse dinheiro, ao garantirem o sigilo bancário absoluto. São territórios marcados por grandes facilidades na atribuição de licenças para a abertura de empresas, além de os impostos serem baixos ou inexistentes. São geralmente avessos à aplicação das normas de direito internacional que tentam controlar o fenômeno da "lavagem de dinheiro".

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