segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Bolsonazi defendeu estudantes que admiravam Hitler


Bolsonaro já defendeu estudantes que admiravam Hitler. Confira

Congresso em Foco

Há 22 anos, bem antes do pronunciamento inspirado em discurso nazista do Secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, o próprio Jair Bolsonaro defendeu a liberdade de expressão dos alunos do Colégio Militar de Porto Alegre que haviam escolhido Adolf Hitler como o personagem histórico mais admirada. O então deputado federal ainda disse, na ocasião, que os alunos votaram em Hitler por entenderem que "de uma forma ou de outra", o líder nazista soube impor ordem e disciplina.

Adolf Hitler foi escolhido por 84 dos 158 formandos da turma de 1995, que incluíram seu nome na revista estudantil Hyloea publicada em 1997, segundo a revista Veja. "Quero deixar patente minha revolta com a grande mídia, um tanto quanto servil, que criticou duramente o Colégio Militar de Porto Alegre apenas porque nove entre 84 alunos resolveram eleger entre Conde Drácula, Hércules, Nostradamus, Rainha Catarina, Átila - só faltou FHC -, Hitler como personalidade histórica mais admirada", afirmou Bolsonaro em discurso realizado na Câmara dos Deputados.

Naquela ocasião, o então deputado federal Jair Bolsonaro ainda afirmou os estudantes estavam "carentes de ordem e de disciplina". Ele elogiou, então, a disciplina de Hitler, sem deixar de atacar o então presidente Fernando Henrique Cardoso. "Enquanto o nosso presidente da República não dá exemplo disso, eles [os alunos] têm que eleger aqueles que souberam, de uma forma ou de outra, impor ordem e disciplina", disse Bolsonaro.

No final da sua fala, Bolsonaro disse, por sua vez, que não concorda com as atrocidades cometidas por Adolf Hitler.

"Sr. Presidente

A verdade é essa: o povo sofre, e sofre muito, com essa mídia que prática a desinformação. Não informa das verdades que acontecem nesta Casa. Nós só levamos paulada o tempo todo, mas quem vem aqui corromper alguns parlamentares é o Executivo. Isso, através da televisão, nós mostraremos aos poucos para todo o Brasil.

Já que se fala em privatização, acredito que é preciso privatizar, em primeiro lugar, a grande imprensa, porque 500 milhões de reais saem do contribuinte para comprar a consciência do povo brasileiro por meio da desinformação que parte da grande mídia. É uma grande covardia para com o nosso povo.

O Alexandre Garcia, por sua vez, não está nem um pouco preocupado com a sua previdência. Quem ganha a fortuna que ele ganha do contribuinte durante a sua vida útil - que, para mim, é uma inutilidade- não tem de se preocupar com o seu futuro. Ele tem bens mais do que suficientes para levar uma boa vida.

Em tempo, quero deixar patente minha revolta com a grande mídia, um tanto quanto servil, que criticou duramente o Colégio Militar de Porto Alegre apenas porque 9 entre 84 , alunos resolveram, eleger entre Conde Drácula, Hércules, Nostradamus, Rainha Catarina, Átila - só faltou FHC -, Hitler como personalidade histórica mais admirada. Se eles tivessem eleito FHC, logicamente estariam elegendo o pai do Governo mais corrupto da História do Brasil, porque ele não admite que nenhuma denúncia de corrupção seja apurada por esta Casa. Ele não é exemplo para a juventude.

Um colégio sério, com o Colégio Militar de Porto Alegre, para que tenha qualidade, tem de ter liberdade de expressão. Reitere-se que os alunos - a maioria é formada por menores - pagam por esta revista, portanto têm liberdade de escrever o que bem entenderem. Devemos respeitar esta juventude que começa, a partir destes debates e desta matéria na imprensa, a se preparar para ser, no futuro.

Ao mesmo tempo, gostaria de criticar o Centro de Comunicação Social do Exército, que anunciou que vai acompanhar a revista.

Esses garotos, entre tantos outros, são filhos de militares e estão realmente carentes de ordem e de disciplina neste país. Enquanto o nosso presidente da República não dá exemplo disso, eles têm que eleger aqueles que souberam, de uma forma ou de outra, impor ordem e disciplina, se bem que, como o jovem aluno do Colégio Militar que não foi para a Escola preparatória de Cadetes do Exército, de nome Roberto dias torres júnior, nós também não concordemos com as atrocidades cometidas por Adolf Hitler.

Sr. Presidente, esta é a minha manifestação."

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