terça-feira, 28 de janeiro de 2020

A evolução das espécies não é teoria, é constatação


Nilson Lage

A evolução das espécies não é teoria. É constatação. A Teoria da Evolução trata da maneira como ela se processa e, neste particular, pode ser aperfeiçoada ou criticada.

A ideia da evolução brota das categorias classificatórias de Carl von Linneu e está presente, entre outros, nos estudos de Jean Baptiste Lamarck, ambos personagens do Século XVIII. O ponto central da teoria de Charles Darwin, formulada décadas depois, é a seleção natural conduzindo, por via do acaso, à sobrevivência da herança genética da espécie.

A evolução, em si, comprova-se tanto em pesquisas paleontológicas quanto na observação da adaptação dos vírus e bactérias -- assunto de permanente atualidade. É ilusório tentar contestá-la com argumentos para-científicos.

A evolução não nega ou confirma a existência de Deus, Se há criação e criatura, a lógica da linguagem preenche o vazio com o Criador. Não há como desmentir esse raciocínio que trata das causas primeiras: de toda sorte, o universo está criado e em criação. Por que Deus não o teria concebido como se cria um filho, para que ele mesmo se crie?

O que chamam de criacionismo é uma convicção religiosa fundada da leitura textual do Antigo Testamento bíblico. O Gênesis é um poema excelente, construído com sentenças-tópico que se reafirmam em séries documentais. Lido com a percepção de como se formulava a filosofia antes de Sócrates -- por lendas, apólogos e narrativas épicas -- propõe a questão da criação em ordem racional e representa a percepção possível da realidade na época em que foi formulado.

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