Bem, o presidente do Conselho Federal de Medicina se posicionou na Folha sobre o 'tratamento precoce', usando dois argumentos que são o refúgio dos negacionistas.
O primeiro deles é: "a ciência ainda não concluiu de maneira definitiva se existe benefício ou não com o uso desses fármacos." O argumento é falso e ignorante.
É ignorante porque qualquer um que entenda minimamente o que é a ciência sabe que ela não tem respostas 'definitivas'.
É falso porque a ausência de evidências de benefício neste momento é justamente a precisa razão que deveria impedir que um médico prescrevesse o tratamento.
O segundo argumento negacionista é que os supostos opositores do CFM "dão opiniões [...] com cunho político e ideológico".
A posição da atual gestão do CFM - como aliás, qualquer gestão de qualquer conselho de classe - não tem como não ser política. Não há posicionamento que não seja ideológico. Este artigo, como é comum nas manifestações do CFM, é fortemente corporativo. Isso também é ideologia.
Em agosto de 2020, já com 100 mil mortos por covid-19, o presidente do CFM estava no Estadão questionando o 'timing' das medidas de isolamento social, em consonância com o que dizia o Governo Bolsonaro. Não haveria 'cunho político' nestas declarações?
Para manter o status quo, basta classificar o pedido por mudança como 'ideológico'.
Quando ouviremos o repúdio do Conselho Federal de Medicina às atitudes irresponsáveis e criminosas do presidente da república em relação à Saúde Pública?
Silenciar sobre isso é uma opção política e ideológica.
CFM que moveu-se com infâmias para tratar medicos do programa de Dilma a favor da saude dos brasileiro deveria ter vergonha de sair a publico com sua cor de direita e neoliberal que não condiz com profissão de cuidar de saude e doentes. É quase antípoda essa sua conduta por imoral.
ResponderExcluirVerdade!
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