As vísceras da Lava Jato, expostas de forma cristalina, não deixam dúvidas: Moro comandou uma organização criminosa. Mas o marreco e os procuradores de Curitiba não agiram sozinhos.
Contaram com serviços de inteligência dos Estados Unidos, apoio da mídia corporativa, de empresários e, como não poderia deixar de ser, quando o assunto é golpe de Estado, das Forças Armadas.
O depoimento do General Villas-Boas ao CPDOC reforçam o que ouvi do professor Ivan Proença, um militar legalista que se opôs ao golpe de 1964. Como a conversa foi nos anos 1980, não dei a atenção que ela merecia.
— Enquanto não mudarem o currículo da AMAN, que ainda está na guerra fria, teremos militares medíocres e democracia em risco.
E é o que temos. Quem vê constrangimento de militares com as aberrações ditas e praticadas pelo miliciano está movido por ilusões.
Villas-Boas, Braga Netto, Augusto Heleno, Pazuello e Milton Ribeiro, entre outros, partilham com o genocida a formação teórica e a mesma visão de mundo do genocida. Este é o " glorioso" Exército brasileiro. Despreparado para defender a soberania, incapaz de montar logística para viabilizar o PNI, mas sempre solícito aos ditames do mercado financeiro, da oligarquias que se eternizam e da burguesia subalterna e sem projeto de país.
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