Claudio Guedes
Paraíso?
A morte dos jovens negros e/ou pobres que estavam no baile funk, ou em seu entorno, em Paraisópolis é um recado claro da política vitoriosa nas urnas em SP, no Rio e no país em 2018.
O projeto conservador e autoritário não aceita conviver com um mínimo de espaço de lazer para os pobres, os negros, os que pouco ou nada possuem, os que não se enquadram como atores ativos no projeto do ultraliberalismo à moda Guedes & Bolsonaro.
Negros e pobres? Negros e pobres e brancos tão pobres que até parecem negros? Lazer? Festa para vocês? Não.
No projeto do ultraliberalismo os pobres são apenas suportados enquanto força de trabalho desqualificada, para limpar as ruas, recolher o lixo, limpar as casas e os banheiros dos ricos. Quiça os mais fortinhos, mais parrudos, possam colocar uma farda e trabalhar como segurança patrimonial dos poderosos. Nada mais.
O recado à Paraisópolis, da policia militar de João Doria Jr., é claro. Pobres da periferia fiquem nas suas casas ou frequentem as igrejas. Nada de festa. Festa não é para vocês.
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