A jogada de Putin é clara. Governos e farmacêuticas ocidentais podem estrilar à vontade, dizer que não presta, que não é segura. Mas, caso a vacina mostre capacidade de imunização, a pressão dos interesses econômicos para que ela seja imediatamente adotada será avassaladora.
Afinal, os países vacinados, retomando as atividades produtivas, estarão em vantagem sobre os outros.
A questão principal, porém, não é a capacidade de imunização, mas os eventuais efeitos a médio e longo prazos.
Tendo a acreditar que, ao queimar etapas, a Rússia compromete a segurança do produto. Mas o Instituto Gamaleia diz que não é assim, porque os "vetores adenovirais" já teriam sido testados amplamente em vacinas anteriores.
Como quase todo mundo, eu não tenho como formular uma opinião abalizada. E as pessoas que têm como produzir essa opinião e que têm informação suficiente estão, em grande parte dos casos, a serviço de interesses econômicos e políticos, de um lado ou de outro.
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