quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Steve Bannon, preso hoje por fraude nos EUA, é conselheiro da família Bolsonaro




Steve Bannon, um dos principais mentores do populismo autoritário de direita no mundo, foi preso há pouco pelo Departamento de Justiça americano, por suspeita de fraude.

Bannon foi preso, segundo o DoJ, após ser indiciado pelo crime de conspiração para cometer fraude numa campanha de arrecadação de fundos para apoiar a construção de um muro entre os Estados Unidos e o México — uma das principais bandeiras de Donald Trump em sua campanha e no começo de seu mandato.

Bannon, líder do movimento conservador The Movement e que foi estrategista da campanha de Trump, nomeou informalmente, em fevereiro de 2019, Eduardo Bolsonaro como o líder sul-americano do movimento da direita populista.

Um dos primeiros contatos entre os dois foi em novembro de 2018, quando o filho do presidente já eleito foi a um jantar de aniversário de Bannin em Washington e descreveu o aniversariante como uma "pessoa ícone no combate ao marxismo cultural" e desejou a ele "muitas felicidades".

Na ocasião, Bannon contou à repórter Júlia Zaremba que tinha tido contato informal com a família Bolsonaro durante a campaha de 2018 e que estava "muito bem impressionado com Eduardo e seus assessores", pessoas que compartilhavam "a mesma perspectiva em relação à economia, estabilidade, lei e ordem".

Não se sabe a que lei e ordem Bannon se referia.

A campanha We Built That Wall (Nós construímos o muro) arrecadou US$ 25 milhões (R$ 142 milhões) recebendo dinheiro de centenas de milhares de americanos. Mas o dinheiro, segundo o DoJ, foi desviado para pagar despesas próprias dos organizadores da campanha de Bannon.

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