quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Bastidores do fim do Mais Médicos

Camilo Vannuchi

— Eles que se danem.

— Mas, presidente, são 11 mil médicos cubanos no Brasil, distribuídos por mais de 3 mil municípios.

— Vão pra Cuba!

— Mas, presidente, haverá um desfalque significativo. Estamos falando de algo em torno de 25 milhões de pessoas que ficarão desassistidas.

— Vamos fazer uma faxina! Minha bandeira jamais será vermelha!!

— Mas, presidente, seria mais adequado buscar os substitutos antes que os cubanos fossem embora.

— Matar uns 30 mil! Uma guerra civil. Se tiver que morrer alguns inocentes, paciência.

— Mas, presidente, os médicos cubanos atuam hoje em mais de 60 países.

— Petralhas! Vagabundos! Quebraram o país e ainda mandaram bilhões de reais para Cuba.

— Mas, presidente, os médicos cubanos são funcionários públicos. Eles trabalham para o Estado. O que o Brasil fez com eles foi um convênio. Por isso eles continuam recebendo seu salário, com um adicional, mas não recebem diretamente do governo brasileiro como profissionais autônomos de outros países.

— Não te estupro porque você não merece! Sou favorável à tortura!! Marginais vermelhos!!!

— Mas, presidente, o senhor não está falando coisa com coisa.

— Grrrr.... Grrrr.... Au au! Auuuuuuuu.......

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