Bolsonaro apresenta proposta que radicaliza a anterior de Temer para destruir o sistema público de aposentadoria e pensão.Também exclui militares, trata igualmente desiguais e ilude com o mote de enfrentar privilégios e garantir a solvência futura. Ou seja, piora o que já era ruim.
Radicalização da proposta de Bolsonaro frente a de Temer aponta para a maior desproteção social, especialmente na base da pirâmide social, com cortes em benefícios a trabalhadores rurais e pobres em geral, ocultada pela ideia de contribuição progressiva na renda de ocupados.
Para o governo Bolsonaro, a palavra reforma não significa melhorar ou aprimorar, mas excluir, pois sua proposta para o sistema público de aposentadoria e pensão visa destruir o que resta da política atual de proteção social estabelecida na Constituição Federal de 1988.
Com a "nova previdência" de Bolsonaro será preciso rezar para não perder por morte a/o esposo/a ou ficar sem capacidade de trabalhar, pois a pensão cai para 60% se tiver acumulado 20 anos de contribuição. 100% da pensão se a família tiver 5 filhos menores ou em algumas doenças.
Como o objetivo maior parece ser o de inviabilizar o sistema público de aposentadoria e pensão para implantar o regime de capitalização, a "nova previdência" de Bolsonaro tende a se transferir dos postos de atendimento do INSS para o banco que, por acaso, vier a te aceitar.
Brasil pode regredir à República Velha (1889-1930), quando pobreza era caso de polícia num país agrário sem proteção social. Com a "nova previdência" proposta por Bolsonaro, o empobrecimento maior contaminará, para além dos idosos, a juventude na excludente sociedade de serviços.
No país em que 1 a cada 4 brasileiros procura por emprego e avança a substituição das ocupações repetitivas pelo progresso tecnológico, Bolsonaro propõe, a quase todos, trabalhar mais e ganhar menos, se ganhar, pela "nova" previdência". Uma visão do atraso como projeto de Brasil.
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