quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Os Bolsonaros brigam com aliados, com generais, com a China, com a Argentina, mas não brigam com Queiroz


Moisés Mendes

O PODER DE QUEIROZ

O áudio em que Queiroz ressurge como participante da partilha de cargos dos Bolsonaros em Brasília é um deboche largado no colo do Ministério Público, do Supremo e de todo Brasil alienado e acovardado.

“Tem mais de 500 cargos lá, cara, na Câmara e no Senado. 20 continho caía bem”, diz o chefe dos laranjas dos Bolsonaros.

Queiroz pode aparecer amanhã dizendo que ele é quem chefia a distribuição de cargos nos gabinetes do pai e dos filhos, e não acontecerá nada.

Queiroz tem o controle da situação. Os Bolsonaros brigam com aliados, com generais, com a China, com a Argentina, mas não brigam com Queiroz.

Em qualquer democracia séria, polícia, Ministério Público e Judiciário seguiriam os passos, o dinheiro, os laranjas e os empréstimos de Queiroz para chegar aos donos do poder.

O Ministério Público tentou, mas foi amordaçado pelo Supremo. Queiroz é mais temido pelos Bolsonaros do que os generais dissidentes.

Os generais mandados embora nem tropas têm mais. Queiroz tem as milícias e conhece tudo o que os Bolsonaros fizeram nas últimas décadas.

Queiroz vale muito mais do que vinte continhos.

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