Nem sempre concordei com suas opiniões e ações políticas. Mas isso não tem importância alguma. Discordar, debater, abrir divergências são usuais numa democracia.
Lula é uma grande liderança política, um político de raiz popular, forjado na luta do mundo do trabalho e na solidariedade aos que pouco possuem, que são explorados por uma ordem econômica iníqua e desigual.
A perseguição brutal da qual é vítima tem sua origem e motivação neste fato. Apenas neste fato. É um líder que ameaça o pacto silencioso das elites econômicas e detentoras do grande capital financeiro, comercial e industrial, que se acham donas do país, que não admitem contestação à hegemonia que detém no controle político, da mídia e da economia. Uma elite estúpida, que não entende que o país só terá futuro se o modelo de desenvolvimento for agregador, distributivista, que incorpore ao progresso os milhões de brasileiros que vivem no limiar da pobreza.
Eles temem o Lula. Porque é um lutador, um conciliador inteligente, um homem que compreende a necessidade do processo de acumulação de forças para que as conquistas sociais tenham efetividade e permanência. Por isso não o aceitam. Porque não é um populista leviano, é um líder popular com os pés no chão e com uma opção clara, cristalina, por políticas públicas distributivistas e com forte conteúdo nacional.
Sua perseguição, por uma aliança entre membros do poder judiciário, que aviltaram o estado de direito, com setores do grande capital e da mídia controlada por poucas e milionárias famílias, é uma nódoa grotesca na democracia brasileira.
Maior, entretanto, do que a capacidade dos seus carrascos lhe infringir derrotas é a sua incrível capacidade de resistência, seu otimismo radiante, sua vontade de viver plenamente. Lula é um forte, um sobrevivente e não se entregará.
Lula livre.
Parabéns Lula!
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