quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Terra arrasada


Luis Felipe Miguel

Sem a reforma da previdência, eles diziam, o Brasil ia quebrar.

O cadáver da aposentadoria nem esfriou e já está na rua a nova cantilena. Agora é acabar com o funcionalismo público e com os gastos com educação e saúde. Sem isso, diz na Folha um dos muitos colunistas a serviço do atraso, “é razoável esperar que o funcionamento da máquina do governo se torne inviável na virada de 2021 para 2022, no mais tardar”.

Não importa que as previsões não tenham pé nem cabeça, nem que suas consequências esperadas sejam a destruição do Estado brasileiro e uma deterioração ainda das condições de vida dos pobres. É necessário martelá-las incessantemente, como forma de impedir qualquer debate.

O país que emerge dos planos de Guedes não tem qualquer viabilidade. É uma política de rapinagem. Trata-se de sugar até a última gota e depois mudar para Miami, como o próprio ministro já disse, deixando para trás terra arrasada.

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