Luis Felipe Miguel
Tabata Amaral publica hoje artigo falando da necessidade de eleger mais mulheres. Ela está até criando um "movimento" para promover a causa - acho engraçado isso, um "movimento" que é na verdade uma invenção de marketeiros e uma iniciativa de gabinete.
O texto é todo escrito daquele jeito raso, bobo e falsamente juvenil que caracteriza tantos dos políticos "renovados". Ia até chamar a deputada de Tabitabata, mas é injusto, já que é um traço que está longe de ser só dela.
Só tenho uma coisa, de fato, a reclamar do artigo. Faltou dizer que não adianta eleger mais mulheres se elas vão usar o mandato para defender medidas que ampliam a vulnerabilidade da esmagadora maioria das brasileiras, como a reforma previdenciária de Guedes, ou se tornar aliadas (e vitrines) de toda a velha elite política que derrubou a única mulher já eleita para a presidência do Brasil, num golpe que teve claros contornos misóginos.
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