Luis Felipe Miguel
Um dos primeiros livros sobre o PT foi o de Margaret Keck, publicado em 1991. Seu título era PT: a lógica da diferença.
Com os anos que nos separam da obra, é possível dizer que era uma análise muito otimista, ingênua mesma, da capacidade de manter uma lógica diversa, popular, radicalmente democrática, antagonista, no meio do sistema político brasileiro.
Lendo a entrevista de Rui Costa na Folha de hoje, pergunto: o que restou disso?
Qual a “diferença” de Rui Costa para qualquer político burguês conservador?
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Comentário: pior ainda que a transformação do ex-partido dos trabalhadores num partido eleitoral e burguês é sua não substituição por ninguém. Os grupos à esquerda do PT têm como objetivo maior na vida ganhar um espaço na grande mídia e serem entrevistados frequentemente pela Globonews. Nenhum deles têm qualquer proposta para chegar ao governo, foram feitos para ser oposição eterna e fiel da direita. Ombudsmans do neoliberalismo.
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