No Brasil, a primeira segunda-feira de março é a mãe de todas as segundas-feiras, mas a de 2021 se revela a madrasta má. A pandemia atinge um novo patamar e o genocida dobra, triplica, quadruplica suas apostas.
Só dar um rolezinho pelo noticiário pra ver o terror. São 21 estados com as UTIs no limite. Com as mutações do vírus bombando nesta gigantesca sopa de morcego que viramos, os internados agora são mais jovens e ficam por mais tempo.
Os governadores imploram por um plano nacional de isolamento, mas o ministério da Saúde responde que o presidente não deixa. Não deixa e não arreda o pé do negacionismo: na madrugada, postou em sua rede que isolamento causa suicídio. Ao mesmo tempo, mente sobre os repasses de verba aos estados em constante atitude de transferir responsabilidades, e já tem governador chamando ele na chincha, crise federativa sem precedentes. A Folha revela que em 2020 o presidente represou 80 bi de verba para combater a pandemia, e ainda assim o líder do governo no Senado quer impor uma trava para novos gastos.
O cancro conhecido como Lava-Jato, que nos trouxe até aqui, cada vez mais esgarçado, até no NYT, na voz do Gilmar. Rui Falcão entrou com petição no STJ para que a relação da força-tarefa com a ONG estadunidense Transparência Internacional seja investigada, coisa que, se levada a sério, pode revelar mais vísceras do Golpe.
A herança da Lava-Jato é um governo que tem dinheiro para combater a pior pandemia da História mas não usa. O governo sabe quais medidas deveria adotar, mas não adota. Pior, o governo faz propaganda a favor da contaminação geral.
É genocídio. É chacina de miliciano que entra na birosca atirando a esmo. Assassinato em série. Suicídio em massa.
Com cumplicidade do Exército e da imprensa patronal, que, apesar de denunciar com consistência os desmandos do genocida, segue fazendo a egípcia sobre seu papel em nos trazer a esse caos em seu abraço dos afogados na Lava-Jato, no Golpe e no antipetismo, os cavaleiros do apocalipse.
Fiquem em casa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário