Leandro Fortes
NAQUILO
A questão central e a chave psicológica para entender Damares Alves é, obviamente, o fato de ela pensar, 24 horas por dia, em sexo.
Essa percepção não é, sequer, uma novidade.
Em "Salò ou os 120 Dias de Sodoma", o cineasta Paolo Pasolini explicitou o vínculo entre o fascismo e a perversão sexual, não como consequência, mas como valor intrínseco.
Fascistas, sobretudo os fundamentalistas religiosos, vivem numa permanente obsessão por sexo, pelo sexo dos outros, pela função da genitália alheia, em todas as suas representações.
Não é difícil deduzir que esse processo obsessivo é eminentemente freudiano e está arraigado em desejos reprimidos, traumas e patologias sexuais graves.
Ou seja, essa gente não tem que governar.
Essa gente tem que se tratar.

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