Brasil e outros sul-americanos não têm 'mais nenhum papel significativo', destaca Foreign AffairsNelson de Sá
'Como a América do Sul cedeu o campo' |
Em extensa reportagem, o Wall Street Journal destacou, a partir do título, que a “Pressão dos EUA para saída de Maduro da Venezuela marca o primeiro tiro em plano para remodelar a América Latina”. Na chamada de primeira página, “é o primeiro tiro numa batalha mais ampla”.
Ou ainda, “marca a abertura de uma nova estratégia para exercer influência sobre a América Latina, segundo autoridades dos EUA”.
O apoio dos presidentes de Colômbia e Brasil é citado no 31º parágrafo. O WSJ diz que “um plano de ação” foi discutido com o colombiano, mas não com o brasileiro.
Na manchete digital da Foreign Affairs, principal revista de política externa dos EUA, “Como a América do Sul cedeu o campo na Venezuela”. Logo abaixo, no segundo enunciado, “Potências externas vão decidir o resultado”.
Assinado por Oliver Stuenkel, especialista alemão em política externa, professor da FGV no Brasil, o texto afirma que “a América do Sul não desempenha mais nenhum papel significativo na crise” e “os únicos atores externos que importam são os EUA e a China e, em menor medida, Cuba e Rússia”.
A situação representa “uma reviravolta humilhante para os governos sul-americanos”, Brasil em particular. Mais importante, a América do Sul voltou a ser “o playground das potências estrangeiras”.
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