quarta-feira, 27 de março de 2019

Bolsonaro passou a apostar no caos


Moisés Mendes

O CAOS DELIBERADO

Circula desde a semana passada a teoria de que Bolsonaro passou a apostar no caos deliberado. 

Sem competência para governar, sem respaldo dos militares, sob pressão do Congresso (ontem a Câmara engessou os investimentos previstos em Orçamento), com Rodrigo Maia enfraquecido como mediador, sem apoio popular (como dizem as pesquisas) e sem perspectiva de reação, Bolsonaro estaria diante de uma única saída: apostar na confusão como solução.

E que solução seria esta? Os Bolsonaros (dizem que o pai e os filhos) apostam que é possível arriscar a fazer o que Jânio tentou e não deu certo: advertir o país de que há uma conspiração da velha política contra as boas intenções do bolsonarismo e assumir o controle de tudo a ferro a fogo, enquanto exaltam os feitos do golpe de 64.

O problema é saber se há ferro e fogo e se o bolsonarismo ainda existe, se é que existiu um dia como fenômeno com base popular consistente.

Que povo iria se mobilizar em defesa de Bolsonaro, como prega o filho Carlucho?

O povo está sabendo que, na hora do aperto, Bolsonaro vai ao cinema.

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