“Os investidores estão começando a se dar conta”, escreve a coluna Bello, na nova edição da Economist. Com a ilustração acima, alerta que, “a menos que Jair Bolsonaro aprenda a governar, seu mandato pode ser curto”.
No dia anterior, a Bloomberg havia publicado que, “Depois de somente 86 dias, Bolsonaro já está em apuros”. A análise trouxe trechos como “Às vezes, seu governo parece que pode desmoronar”.
Outra reportagem da Bloomberg destacou como analistas financeiros, citando da britânica Aberdeen Standard à polonesa Cinkciarzpl, começam a reagir com variações da expressão “Eu avisei”.
Ainda outro texto da Bloomberg, listando empresas que deixam o país, ouviu do economista Marcos Lisboa: “Não vejo nenhum investimento significativo acontecendo. Onde está a fonte de crescimento?”.
Antes, a agência Associated Press havia despachado para New York Times e outros “o novo golpe” no país, com o fechamento das fábricas do laboratório Roche, depois de Ford e outras. Um quadro que é “dramatizado na forma de filas colossais” de desempregados em São Paulo.
Também a China está de olho. Na agência Xinhua, “Dívida pública continua crescendo, e o processo de reformas está sendo testado”. Enfatiza que “a dívida do governo brasileiro cresceu em fevereiro apesar das promessas de redução”.
Ao fundo, espalha-se a reação à ordem de Bolsonaro para as “comemorações” militares do golpe de 1964, no domingo (31).
Na América Latina, veículos como o jornal argentino La Nación e a revista de finanças mexicana Expansión abordaram a ação “polêmica”, que “representa uma reviravolta na interpretação da história desde que o país recuperou a democracia”. Foram pela mesma linha, entre muitos outros, o espanhol El País, o francês Le Figaro e o alemão Der Tagesspiegel.
O Washington Post recordou passagens da “história sombria que o presidente brasileiro quer festejar”, ouvindo vítimas de tortura. Encerrou com a avaliação de que “a falta de responsabilização ajudou Bolsonaro a buscar aplausos em cima de um passado sangrento”.
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