Um imbecil, já bloqueado, me chamou de "historiador de vagabundos". Acontece com frequência. Mas eu sou mesmo um historiador de vagabundos, ué. Isso é evidente e é elogio, para descontentamento dos "homens de bem".
Vou repetir: eu sou um historiador dos "vagabundos" subalternizados pelo processo histórico que, ainda assim, são sujeitos de suas histórias. Tem história, pô. São invisibilizados, mas tem história. Insisto nisso.
Não quero e não posso sair do Brasil. Não tenho grana, tenho mãe, pai e irmãos aqui, todos os meus estudos são direcionados para a cultura carioca e brasileira. Vou sair daqui pra estudar as encruzilhadas da minha cidade?
No meio do horror, tenho algumas expectativas: uma delas é contar as histórias da cidade na cidade. Na rua, na encrenca, no perrengue, mas ancorado em pesquisa e reflexão de ponta. Como o povo comum do Rio de Janeiro merece.
O resto é dizer para esses imbecis que tenho 16 livros publicados, dois prêmios Jabutis, um deles de livro do ano, escrevendo sobre vagabundos.
Por fim: eu não escrevo e não me interesso pela história dos poderosos. É isso.
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