quinta-feira, 25 de julho de 2019

Tudo o que existe merece perecer


O DONO DA FRASE

Cristóvão Feil

"Tudo o que existe merece perecer". 

A frase pode ser atribuída a Átila, o rei dos hunos e o flagelo de Deus. 

Pode ser atribuída a Bolsonaro, cuja política se baseia em destruir tudo no Brasil, as instituições, os direitos e garantias, o patrimônio público, a cultura autêntica, a autoestima e a dignidade dos nacionais, a civilidade iluminista, etc.

Mas a frase é de autoria do diabólico personagem Mefistófeles, da obra "Fausto", de Goethe. 

Pensando bem, Átila é uma lenda, e Mefistófeles apenas um personagem literário. 

Mas Bolso existe e nos assombra a todos os brasileiros, exceto os tontos, os evangélicos e Queiróz (se vivo está), já que nem os milicos ainda o suportam.

Portanto, a frase é (ou deveria ser) mesmo do ex-tenente, embora ele não tenha capacidade sequer de organizar mentalmente essa construção frasal não-vulgar. Pronto, a frase é dele. Porque ele pensa assim.

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