terça-feira, 30 de julho de 2019

Governo de milicianos não tem futuro


Bolsonaro e o bolsonarismo não têm a tendência de repetirem os ciclos autoritários anteriores por vários motivos. Quando investigamos os ciclos de 1935-1945 e 1964-1985 constatamos que foram ditaduras de direita dentro de um padrão nacional-desenvolvimentista, perseguindo as esquerdas, mas apresentando crescimento econômico, construção estatal e mesmo políticas sociais dentro de margens limitadas. O bolsonarismo apenas repete de maneira piorada o modelo de neoliberalismo de rapina de uma ditadura de um país pequeno, o Chile e é muito pior porque os cleptocratas chilenos golpistas sempre preservaram a exploração estatal do cobre, nacionalizada por Allende, o principal recurso do país, orçamento para o Estado e exército locais, como rendimento público da Codelco, isso mesmo, a ditadura de Pinochet se financiou com a nacionalização anterior do cobre chileno pela esquerda! Já o bolsonarismo é totalmente entreguista como demonstra nas aposentadorias e no saque da Petrobras e da lucrativa BR Distribuidora, as pressões pela abertura da mineração selvagem, o saque e violência contra indígenas e populações tradicionais. O bolsonarismo derivado do golpista Temer aprofunda o desmonte trabalhista, o arrocho salarial e o desemprego, um capitalismo sem consumidor e sem consumo popular, servindo somente para as grandes corporações empresariais, as elites estatais nas mamatas da magistratura, nas forças armadas, nos cartórios e na grande mídia, o que a curto e médio prazo é politicamente inviável e somente produzirá uma grande explosão social pela concentração de renda, pelo desmonte das políticas sociais, ataques e congelamentos dos recursos na educação, saúde e privatizações de rapina.



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