Claudio Guedes
Os farsantes
O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Victor dos Santos Laus, afirmou nesta terça-feira, 01/10, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "sabe que não é bem-vindo onde ele está. O fato de ele recusar um benefício, é uma situação extraordinária."
O juiz Victor Laus foi um dos que julgou os recursos de Lula no TRF-4, num julgamento que, na minha modesta opinião, foi uma farsa. Acompanhei toda sessão e percebi que os desembargadores, visivelmente, combinaram os votos de forma a não haver qualquer espécie de divergência, para impedir outros recursos e acelerar o processo contra Lula. Em um processo polêmico a probabilidade de três desembargadores independentes, analisando apenas as provas nos autos, divergirem em algumas questões é altíssima. Nada, tudo ensaiado, para prejudicar o réu.
O que estava em jogo era o "time" político, pois o prazo na preocupação de suas excelências (sic) não era o do devido processo legal, mas o "prazo" político para impedir Lula de se candidatar em 2018. Só um idiota não percebeu. Felizmente não é o meu caso.
Extraordinário foi o país assistir uma farsa, num julgamento que a defesa foi mal tratada e o juiz de primeira instância do caso, o atual ministro da Justiça Sérgio Moro, ser elogiado de forma canhestra, vulgar, por magistrados com dever de ofício revisional. Uma vergonha.
Agora, mesmo depois de ficar provado para o país e o mundo, pelos diálogos publicados por The Intercept, Folha e El País, da conduta anti-ética, ilegal e imoral, do juiz Sérgio Moro no julgamento do processo do Triplex do Guarujá, o presidente do TRF-4 tenta agredir o réu que teve seus direitos constitucionais vilipendiados, em vez de fazer autocrítica e pedir desculpas pelo seu comportamento imoral.
Falta de vergonha!
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