Ricardo Costa de Oliveira
As capitanias hereditárias, mesmo sendo concessões da Coroa -do Estado-, fracassaram e a alternativa foi a criação e implantação do Governo Geral, com a longa transformação das capitanias hereditárias em Capitanias Reais, diretamente administradas pelo Estado. Em mil anos de brutal história a única organização forte, perene e efetiva construída pela língua portuguesa foi o Estado, em Portugal e no Brasil, além dos outros lugares lusófonos, até mesmo porque qualquer organização privada mundial não possui vida própria, nem pode sobreviver sem uma forte proteção estatal, nem teria eficiência na longa duração. Qualquer empresa privada para existir, extrair mais-valia, cercar suas propriedades, obrigar os trabalhadores a trabalharem com seus baixos salários, sempre é uma criação dependente das negociatas, leis, regras, contratos, moedas, créditos, policiamentos, forças e violência do Estado.
Interessante é que o Mourão sempre viveu, ele e a família dele ao longo de várias gerações, dentro do Estado, como funcionários públicos, estudaram em academias militares estatais, se aposentaram no exército e as filhas de militares ainda recebem polpudas pensões estatais, como todos sabem. Mourão permanece na mamata estatal ao invés de se jogar em um "uber eats" com cara e coragem na privada. E querem negar a qualidade da educação, da saúde, do lazer, da cultura, das empresas estatais de infraestrutura, do bem estar estatal e público, que sempre usufruíram, para os milhões de brasileiros mais pobres e que nunca sonhariam em ganhar os elevados valores das remunerações estatais que esta elite estatal recebe para falar mal do próprio Estado!
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