Está ficando feia a história da médica Ludhmila Hajjar.
Depois da conversa com Bolsonaro, ela se colocou como oposição e publicou tuítes fortes contra o governo, do tipo "Sim, eu acredito na ciência".
(É, no Brasil de hoje dizer que acredita na ciência é praticamente um gesto de desobediência civil.)
Mas vazou que antes disso ela estava disposta a ser ministra e anunciou que se curvaria às insanidades de Bolsonaro.
Parece que não foi ela que recusou o cargo - e sim que o convite foi retirado depois que o psicopata se convenceu que era verdadeiro o áudio em que ela o chamava de "psicopata" (e que ela a princípio tentou desesperadamente desmentir).
E a tal tentativa de invasão do seu quarto no hotel - que a colocaria, em tempo recorde, na posição de alvo privilegiado da selvajaria bolsonarista - foi desmentida pelos funcionários e pelas câmeras de segurança.
Eu me pergunto o que faz alguém cogitar aceitar um convite desses, num momento desses.
Se a intenção é roubar, tem lógica. Se é um político que quer dar cargo para um monte de apadrinhados, também.
Mas uma pessoa comum? Uma profissional? Sabendo que é absolutamente impossível implementar qualquer política razoável enquanto o presidente não for interditado?
É a vaidade. É pela glória. Mas que vaidade, que glória? A associação ao governo genocida leva sem falha ao opróbrio. A participação no ministério Bolsonaro é uma marca indelével em qualquer currículo.

Foi o caso da Flávia Piovesan, quando aceitou ser Ministra do Temer.
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