Diálogo em agosto de 2017:
“Sergio Moro
14:35:20
Talvez seja o caso de tornar pública a delação dá Odebrecht sobre propinas na Venezuela. Isso está aqui ou na PGR?
Deltan Dallagnol
18:17:33
Concordo. Há umas limitações no acordo, então temos que ver como fazermos. Mais ainda, acho que é o caso de oferecer acusação aqui por lavagem internacional contra os responsáveis de lá se houver prova
18:18:36
Haverá críticas e um preço, mas vale pagar para expor e contribuir com os venezuelanos
Sergio Moro
18:52:49
Tinha pensado inicialmente em tornar público.
18:53:07
Acusação daí vcs tem que estudar viabilidade.”
Em 2016, na colaboração com a Lava Jato, a Odebrecht reconheceu ter pago propina para fazer negócios em 11 países além do Brasil, incluindo a Venezuela, mas as informações fornecidas pela empresa e por seus executivos foram mantidas sob sigilo pelo Supremo Tribunal Federal.
O acordo com a Odebrecht, assinado com autoridades brasileiras, dos Estados Unidos e da Suíça, estabelecia que as informações só poderiam ser compartilhadas com investigadores de outros países se eles garantissem que não tomariam medidas contra a empresa e os executivos que se tornaram delatores.
Moro e Dallagnol armam então “furar” o STF e quebrar o acordo assinado, tornando públicas as delações e entregando os delatores e a empresa, os primeiros para serem presos e a segunda para ser processada na Venezuela, para alimentar a disputa política interna da oposição local.
A quem Moro estava servindo? A delação foi feita, a punição à empresa e aos executivos determinada. Por que alimentar ações na Venezuela contra e empresa? Para quebrá-la? Para fornecer munição à oposição Venezuelana? Quem estava no jogo, além das autoridades judiciais americanas? A CIA?
É papel de um juiz de piso brasileiro se imiscuir em questões internacionais?
É papel de um procurador da República fazer interferência em questões políticas internas de outra nação?
A quem estavam servindo?
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