quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Janot, a cocaína e o homem-mosca


Moisés Mendes

Questões para uma quarta-feira em que o Supremo pode fabricar a grande gambiarra para salvar a Lava-Jato, Sergio Moro e Deltan Dallagnol:

Por que Eduardo Bolsonaro teme o depoimento de Manoel Silva Rodrigues, o sargento do avião da cocaína, na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, presidida pelo próprio Bolsonaro? O que o sargento pode dizer que o filho de Bolsonaro não quer ouvir?

*******

O que Diogo Mainardi, o homem-mosca, o laranja da Globo para atacar Lula, tem a dizer sobre a declaração de Luiz Henrique Molição à Polícia Federa de que o site O Antagonista comprou informações dos hackers que tentaram envolver Dias Toffoli em corrupção?

Mainardi, todo mundo sabe, é o subgerente do Antagonista, o porta-voz de Sergio Moro e dos lavajatistas.

O site largou uma nota, mas quem deve falar é o homem-mosca, que acusava o Intercept de ter pago os mesmos hackers, envolvidos no caso do Telegram dos palestrantes de Curitiba.

********

O Globo publica editorial hoje atacando Lula. O grupo Globo não conseguiu derrubar o jaburu, não consegue derrubar Bolsonaro e agora se volta de novo contra Lula.

Como a Globo não consegue nem mesmo achar o Queiroz, fica fácil participar da farsa para tentar tirar Lula à força da masmorra de Curitiba. A Globo não enfrenta nem o Carluxo.

*********

Não há mais dúvidas de que o livro de Rodrigo Janot é uma tentativa de livrar o ex-procurador-geral do julgamento dos crimes da Lava-Jato.

Janot empurra todas as barbaridades de Curitiba para cima de Deltan Dallagnol. O procurador era o sujeito sem escrúpulos, que agia sem controle para ficar rico e famoso.

Mas Janot não era o chefe de Dallagnol? Não. Janot deixa claro também que o superior de Dallagnol era Sergio Moro.

Janot, pelo que conta o livro, só queria matar Gilmar Mendes.

*********

O Supremo decidiu que réus delatados têm o direito de falar por último nos processos em que também há réus delatores.

Mas... Mas, mas. Mas talvez, no entanto, quem sabe não seja bem assim. Vão decidir hoje.
Se o réu não reclamou antes para falar por último, não há nada há reclamar agora. É o que pode ser decidido hoje. E aí? Aí Lula fica de fora.

*********

Com Toffoli, com Fux, com Gilmar Mendes, com quem for, Flávio Bolsonaro não perde uma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário