terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Jornalista atacada por Bolsonaro é da elite paulistana


Ricardo Costa de Oliveira


Patricia Toledo de Campos Mello é de uma família muito bem estabelecida em São Paulo, com muitos parentes no campo jornalístico, jurídico e na magistratura. Em uma democracia plena, as denúncias do jornalismo investigativo de alta qualidade dela, denúncias sobre a indústria de fake news do bolsonarismo, teriam sérias consequências eleitorais e políticas, inclusive podendo cassar a chapa por corrupção, fraude e malversações. 

Sabemos que no Brasil do golpe a justiça se tornou ainda mais hipócrita, seletiva, política e partidarizada porque assassinatos e milicianos não são mais investigados, desde o atentado contra Marielle até os heróis milicianos Nóbrega e Queiroz. Ofensas chulas e baixarias do elemento ocupante da presidência foram aceitas pelos correligionários, sócios, cúmplices e eleitores dele, parte do mundo de vilezas deles. 

Imaginem como não tratam as mulheres populares, pobres, negras, índias e mestiças no cotidiano, sem os capitais sociais e políticos de Patrícia.

Os ataques contra uma mulher profissional de primeira linha, uma espécie de "mulher fidalga" do jornalismo paulista, da Genealogia Paulistana, revela o grau de tensão e de torpeza do bolsonarismo, nada que não tenha sido avisado bem antes aos interessados da grande mídia e do mundo jurídico. 

Todos sabem que vai piorar porque o fracasso do desgoverno bolsonarista só aumentará a agressividade destes elementos desqualificados.

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