Entre todas as coisas ruins que estão acontecendo nessa semana, tivemos uma mostra do que tem de mais tóxico dentro das igrejas evangélicas: fiéis comemorando a morte de Ricardo Boechat por ter "levantado a mão contra o ungido" e criticado um pastor.
Essa postura de alguns é uma consequência da cultura de medo que vem imposta de cima do altar, por pastores que se consideram autoridades inquestionáveis, condenando qualquer questionamento e amaldiçoando quem ousa deixar uma comunidade saindo de suas esferas de controle.
Não obstante, ainda citam ex-membros que passam por infortúnios ou tragédias, declarando o juízo de Deus ao falar que "a mão de Deus pesou" sobre a pessoa.
Para estes há apenas um recado triste: se vocês acham que Deus está olhando as pessoas para escolher que castigo ou que tragédias apontar para cada um, então sua concepção de deus é muito mais do grego Zeus do que de Jesus.
Declarar que Deus odeia uma parcela da população é libertador para alguns: permite que a pessoa transfira seu ódio para Deus e assim legitima sua fúria contra os outros.
Nada mais longe dos evangelhos: aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
Ninguém pode reivindicar amar a um Deus que não vê se não consegue amar ao próximo que está bem visível na frente da pessoa.
Como seria bom que as pessoas que passam o tempo desejando a "justiça" de Deus (o certo é que querem vingança mesmo) ou o inferno para seus inimigos percebessem que elas mesmo estão vivendo no inferno.
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