"O importante foi tirarmos o PT"
PIB tem queda recorde de 9,7% no 2º tri e vai ao mesmo nível do fim de 2009
Do UOL, em São Paulo
Já bastante afetada pelos efeitos do coronavírus, a economia brasileira encolheu ainda mais no segundo trimestre deste ano. No período, o PIB (Produto Interno Bruto) do país registrou queda recorde de 9,7% em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o recuo é ainda maior — de 11,4%.
Os números divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o PIB voltou ao mesmo patamar do final de 2009, auge dos impactos da crise global provocada pela onda de quebras na economia dos Estados Unidos.
Só no primeiro semestre do ano, a economia somou queda de 5,9%. Já no acumulado dos últimos 12 meses (terminados em junho de 2020), o recuo é de 2,2%. Em valores atuais, o PIB, que é soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 1,653 trilhão.
Queda histórica na indústria e serviços
A retração da economia resulta das quedas históricas de 12,3% na indústria e de 9,7% nos serviços. Somados, indústria e serviços representam 95% do PIB nacional. Já a agropecuária cresceu 0,4%, puxada, principalmente, pela produção de soja e café.
"Esses resultados referem-se ao auge do isolamento social, quando diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para enfrentamento da pandemia", disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Na indústria, o recuo se deve às quedas de 17,5% nas indústrias de transformação, 5,7% na construção, 4,4% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e 1,1% nas indústrias extrativas.
"Nos serviços, a maior queda foi em outras atividades de serviços (-19,8%), que engloba serviços prestados às famílias. Também caíram transporte, armazenagem e correio (-19,3%) e comércio (-13,0%), que estão relacionados à indústria de transformação", acrescentou a coordenadora.
Os únicos resultados positivos foram verificados em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,8%) e nas atividades imobiliárias (0,5%).
Nenhum comentário:
Postar um comentário