terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Pornochanchada no Palácio do Planalto

Leandro Fortes

CHEGA

Dentro do clima de pornochanchada que é essa aventura do Bozo no Palácio do Planalto, os áudios vazados por Gustavo Bebianno à Veja formam a trilha sonora dessa tragicomédia em que nos metemos, em nome do antipetismo.

Há um pouco de tudo.

“Meu capitão” é uma lamúria permanente e tóxica na conversa, forma subordinada e vil como Bebianno se refere ao chefe, a sinfonia de um lacaio tristonho, sem valor.

Bozo o despreza. Até para ele aquela bajulação sibilante, cheia de ressentimentos velados, é demais. Bozo precisa se livrar dele, mas, claro, o teme.

Bebianno comandou o PSL durante as eleições. Sabe tudo sobre as fantasias de WhatsApp, o kit gay, as mamadeiras de piroca, o laranjal plantado para sugar recursos do Fundo Partidário e financiar a eleição de acólitos fascistas semeados no Congresso Nacional.

“Mas capitão, eu só fiz o bem”, desmancha-se Bebianno, um bebê chorão repetitivo, odioso.

Bozo o despreza. Precisa se livrar dele. Sabe que Bebianno quer colocar a “batata quente”, como ele mesmo fala, do laranjal no colo dele, presidente da República. Protege Carluxo, não aceita insinuações contra o filho. Por fim, acusa o aliado de vazar notas na imprensa para pressioná-lo.

“Sei que você manda n’O Antagonista”, dispara, à queima roupa, o capitão.

O Antagonista, nascido e criado no ódio ao PT, à esquerda, ao povo. Um esgoto da extrema-direita disfarçado de jornalismo.

Bebianno, esse malandro chorão, manda lá.

Então, é o seguinte: a nação precisa acordar.

Essa gente tem que ser deposta e presa, nem que seja para averiguação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário